1.1 REBOCO PROJETADO POR MEIO DA ARGAMASSA ENSACADA
Atualmente, a construção civil engloba diversos processos até a entrega do produto final. Com tantas opções vigentes cada um com ampla diversidade de soluções e particularidades, cabe ao engenheiro decidir, embasado pelos parâmetros técnicos, logísticos e de viabilidades, qual o método a ser utilizado.
No âmbito de revestimentos de paredes, pode-se atentar para a argamassa tradicional, produzida na obra, e na industrializada, argamassa ensacada. No segundo caso, as empresas, em diversas ocasiões, agregam a outro método, a projeção de argamassa (Reboco Projetado). Assim, objetiva-se alcançar altos índices de produtividade ao unir essas duas características.
1.1.1 PROCESSO CONSTRUTIVO
Primeiramente, deve-se atentar aos recursos que serão utilizados, como a equipe, o tipo de dosador, a forma de armazenamento dos materiais e outras características. Para a argamassa industrializada, precisa-se de:
- Água;
- Chapisco Industrializado (Comumente utilizado na área de elementos estruturais, como vigas e pilares);
- Argamassa Industrializada;
- Misturador (Figuras 1 e 2);
- Equipe motivada e bem treinada.
Figura 1 – Misturador.
Figura 2 – Misturador posicionado ao lado da argamassa industrializada.
Inicialmente, deve-se aplicar o chapisco adesivo nos elementos de concreto da área a ser revestida, proporcionando uma aderência mais adequada ao futuro revestimento argamassado. Ao finalizar a aplicação do chapisco industrializado, o emestramento é realizado, ou seja, a colocação de elementos guia para a orientação da espessura adequada do reboco a ser aplicado, Figura 3.
Figura 3 – Chapisco industrializado aplicado com desempenadeira dentada na estrutura de concreto e, posterior, emestramento.
Após essas etapas, o operador da argamassadeira começará o abastecimento da equipe de aplicação, Figura 4. Primeiramente, ele obedece à proporção indicada na embalagem da argamassa, ou seja, quanto de volume de água será adicionado na argamassa em pó, a fim de produzir um material de boa trabalhabilidade, alta resistência e boa capacidade de assimilar deformações.
Figura 4 – Aplicação do reboco projetado e abastecimento das equipes com o operador da argamassadeira.
É importante salientar que não há a necessidade de prévia aplicação do chapisco nos elementos de vedação da edificação, como as alvenarias de tijolos cerâmicos, pois o jateamento da argamassa, por ser de alto impacto, tem uma boa aderência nas paredes, Figuras 5 e 6. Ou seja, economiza-se mão de obra e material, já que uma etapa é eliminada do processo.
Figura 5 – Detalhe do jateamento de argamassa.
Figura 6 – Aplicação do argamassa pronta diretamente no elemento de vedação com blocos cerâmicos.
Dando prosseguimento, o pedreiro regulariza o revestimento argamassado com uma régua de alumínio, a fim de atender os requisitos de qualidade da empresa, Figuras 7 e 8.
Para o caso de emboço que receberá em seguida o revestimento cerâmico, a área deverá ser sarrafeada, bastando o uso da referida régua. Já para o reboco, há o acabamento final com a desempenadeira, regularizando toda a superfície da parede para a posterior pintura.
Figura 7 – Argamassa sendo sarrafeada com a régua de alumínio.
Figura 8 – Revestimento argamassado sendo desempenado, proporcionando um acabamento liso, sem rugosidade.
1.1.2 FISCALIZAÇÃO E CONTROLE
Toda empresa da construção civil trata a fiscalização e controle dos seus serviços como uma das prioridades do dia a dia, o INOVACIVIL, com o intuito de satisfazer os rígidos parâmetros de qualidade, disponibiliza uma ficha de verificação de serviço do reboco projetado.
LINK PARA FICHA DE VERIFICAÇÃO >> ACESSAR FICHA
1.1.3 PRODUTIVIDADE
Por fim, as faculdades e empresas produzem uma extensa quantidade de dados acerca desse tema, como comparativos entre o reboco convencional e o projetado. Segue uma dessas tabelas comparativas de um case no estado do Ceará.
1.2 CONCLUSÃO
Embasados pelo processo construtivo e pelo conjunto de dados comparativos, pode-se afirmar que o reboco projetado demonstra alto índice de produtividade e baixo valor de custo quando comparado ao processo convencional. Cabe salientar que em alguns casos o reboco projetado poderá ser desvantajoso, como em canteiros onde há dificuldades logísticas para o transporte das argamassas ensacadas, em cidades onde não o fornecimento de maneira satisfatória desses produtos ou em obras de volumes bem extensos, nas quais deverá haver um estudo comparativo com o fornecimento de material em silos e sua posterior produção in loco.