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Igor Pinheiro

C.E.O da Inova Civil
Ativo 17

Como transformar o seu apartamento em um local silencioso

Figura 1 – Ruídos na Engenharia.

Inicialmente, gostaria de lhe contar uma história: Imagine você no seu quarto naquele sonho sensacional que há tempos não tinha….Você está prestes a ganhar um aumento estratosférico!!! Poderá comprar tudo que sempre quis!! E então, PAH PAH PAH, a bendita vizinha do andar de cima passa com os seus altos ultrachiques e você acorda com a impressão que tem alguém martelando a sua cabeça.

Qual seria a origem desse problema e a sua solução?? Será que seria viável proibir o trânsito de saltos altos durante alguma parte do dia? Com certeza, essa não seria a melhor solução.

Vamos estudar de uma forma básica acerca dos conceitos dos ruídos em edifícios e as formas corretas de mitigá-los.

1. RUÍDO

O ruído caracteriza-se por ser um som incômodo que produz insatisfação às pessoas do entorno. Uma possível forma de classificação é:

  • Aéreos: Propagam-se por meio do ar como as ondas dos aparelhos de telecomunicações (Rádio e Televisão) e os gritos entre as pessoas, Figura 2;
Figura 2 – Simulação de pessoas animadas assistindo o Brasil sendo Hexacampeão na Copa da Rússia.
    • Impacto: Esses ruídos, conhecidos principalmente nas reformas, são aplicados diretamente na estrutura da edificação, como as quedas de objetos, as vibrações de máquinas, os passos e etc. Ou seja, se propagam por meio da laje ou alvenaria ou qualquer outro meio que consiga transmitir esse tipo de ação, Figura 3;

      Figura 3 – TocToc dos saltos que poderão incomodar diversos condôminos.
  • Instalações: Decorrentes de descargas, ventiladores e aparelhos de ares condicionados.

2. SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS PARA TORNAR O SEU AMBIENTE EM UM LOCAL SILENCIOSO

Com o advento das novas tecnologias, diversos sistemas construtivos surgiram no mercado, como o isolamento acústico nas lajes, o isolamento acústico com piso elevado, o drywall, o forro falso e outros.

A) ISOLAMENTO ACÚSTICO NAS LAJES

Em suma, a onda de vibrações provocadas pela queda dos objetos é amortecida por isolamento plástico. Esse amortecimento está de acordo com a espessura e a especificação do material.

Primeiramente, adequa-se a laje para o recebimento da manta com o potencial de isolamento acústico. Como faço essa adequação? Simples!

→ Retiram-se as impurezas e imperfeições com uma politriz;

→ Coloca-se a manta escolhida (A depender da espessura, será necessária a aplicação de uma armadura a ser dimensionada pelo projetista);

→ Realiza-se o contrapiso;

→ Aplica-se o revestimento final.

O processo é explicitado nas Figuras 4 e 5.

Caso queira aprender mais sobre o processo construtivo, veja o Instagram do INOVACIVIL. Lá tem a séria de vídeos Faça Você Mesmo.

 

Figura 4 – Camadas de um piso com isolamento acústico.
Figura 5 – Manta de isolamento acústico.

B) ISOLAMENTO ACÚSTICO NAS LAJES COMBINADAS COM O USO DO PISO ELEVADO

Quando comparado ao processo anterior, tem como diferença a rapidez e a economicidade, já que evita o contrapiso e troca-se o revestimento da manta plástica por lã de vidro (Às vezes, você poderá colocar uma lã de vidro com potencial térmico. Ou seja, terá um material com isolamento acústico e TÉRMICO. Que maravilha!). Além disso, o piso elevado proporciona uma folga para a colocação das instalações elétricas, lógica e frigorígenas, Figuras 6 e 7.

Figura 6 – Piso elevado com isolamento de lã de vidro e com as instalações elétricas previamente instaladas.
Figura 7 – Piso elevado com instalações hidráulicas.

C) DRYWALL

A questão de isolamentos em piso já foi bastante comentada nesse post, e as paredes?! Como ficam?! O Drywall é a resposta para essa questão! Bastante utilizado no exterior devido ao fato de ser um processo bem industrializado. Afinal, é de facílima aplicação e com benefícios instantâneos. A sequência construtiva é: Bastam, de forma sequenciada, colocar os suportes metálicos, isolamento acústico escolhido, instalações embutidas, placas de gesso e, por fim, aplicar os acabamentos necessários, Figuras 8 e 9. Ou seja, simples, fácil e sem resíduos quando comparados ao processo de alvenaria por blocos cerâmicos.

Figura 8 – Piso elevado com instalações hidráulicas.
Figura 9 – Piso elevado com instalações hidráulicas.

D) FORRO FALSO

Ideal para os condôminos que possuem apartamentos já executados e sem a possibilidade de alteração nos pisos. Imagine qual seria a solução para uma laje nervurada sem forro? No primeiro momento é uma ótima opção, porque o futuro morador terá um pé-direito mais amplo que o convencional. Porém, talvez o construtor não tenha previsto essa personalização de laje aparente e, consequentemente, não optou pelo revestimento acústico por imaginar que a laje nervurada juntamente com um forro convencional sanaria quaisquer possíveis problemas acústicos.

Em situações de incômodo extremo, uma das soluções seria o fechamento das lajes nervuradas com um forro falso, utilizando a já comentada lã de vidro, Figuras 10 e 11.

Figura 10 – Forro com laje nervura aparente (Pesquise se há isolamento acústico nas lajes para não ser surpreendido).
Figura 11 – Forro com lã mineral.

3. PROCESSOS CONSTRUTIVOS INOVADORES TENDEM A TORNAR-SE UM DIFERENCIAL COMPETITIVO NO MERCADO

Atualmente, um cliente tem diversas opções no mercado, ou seja, apartamentos amplos ou pequenos, próximos ao trabalho e longínquos, baratos ou caros e tantos outros tipos de comparações.

O empreendedor, então, deverá ser diferente e inovador, chamando a atenção dos compradores indecisos. Quem não seria seduzido pelo conforto acústico?! Acredito que todos iriam adorar essa vantagem em seu apartamento.

Veja o exemplo do gráfico da Figura 12 e perceba que a laje com piso elevado com revestimento já proporciona uma diminuição significativa dos níveis de ruído por impacto. O mesmo vale para os outros tipos de processos construtivos citados. Então, sempre tente inovar no seu empreendimento, lembrando-se da qualidade exigida. Realize um empreendimento que seja capaz de proporcionar um bom descanso aos moradores, Figura 13.

Figura 12 – Gráfico explicitando a enorme diferença dos níveis de ruídos entre as lajes sem revestimento e os pisos elevados com revestimento acústico.
Figura 13 – Moradores tendo bons sonhos graças ao silêncio proporcionado.

4. MORAL DA HISTÓRIA 

Então é isso, todo engenheiro e empresário deverá ter como foco o bem estar do cliente, atentando para a diminuição dos ruídos por meio dos processos construtivos citados ou por outros tipos de benefícios.

As empresas que não “pensarem fora da caixa” estarão fadadas ao fracasso, ou seja, irão sucumbir perante às inovações do mercado.

Obviamente, há outros mecanismos para amenizar as situações desses ruídos incômodos, como as esquadrias especiais que evitam a entrada de ruídos externos (buzinas). Esse processo construtivo poderá ser tema de post futuro.

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